2017: Carpe Diem.

A euforia dos tchim-tchim ecoados pelos cantos da sala já passou, aquela faísca de "este ano é que é" talvez ainda se mantenha em alguns; para outros, os dias cinzentos já lhes pesam um bocadinho mais nos ombros para ter que ir correr tão cedo pela manhã, a pizza tornou-se mais apelativa do que o arroz integral com frango e brócolos, devido ao "não posso" ou ao "não tenho tempo" ou ao "se calhar não preciso".
As resoluções de ano novo, para quase todos os que conheço, são as mesmas, ano após ano: vou estudar mais, vou-me dedicar mais ao trabalho, vou fazer mais exercício, vou passar menos tempo nas redes sociais... Pois bem, eu não fiz resoluções de ano novo. Para quê? Passadas duas décadas, apercebi-me que isso não vai funcionar assim; desisto sempre delas ou até me esqueço de quais fiz. A minha mãe continua a fazer os 12 desejos conforme as 12 passas; não sei se os concretiza ou não. Não mos conta, diz que dá azar. Este ano decidi fazer algo diferente. Em vez de fazer resoluções, desejos, chama-lhe aquilo que quiseres, decidi fazer um plano. Que plano? Muito simples: eu não deixo de ter objetivos, tais como tu. Só que um objetivo sem um plano, não passa de um sonho, não é verdade? Um simples... desejo. Pois eu estou farta de andar sempre com a cabeça nas nuvens. Está na altura de me deixar de laréus bonitos e pôr-me realmente a mexer. Mas talvez não da forma como estás a pensar. 2016 ensinou-me algumas das minhas maiores falhas. Então 2017 vai ser sinónimo de Carpe Diem. Eu sou uma pessoa cafeinada, apressada, demasiado auto-crítica e uma fonte de procrastinação. Não gosto de começar coisas se achar que não vou tirar o máximo rendimento. Então acabo por deixar andar e nunca faço nada. Pois bem: está na altura de ter paciência. Muita paciência, com o que me rodeia e principalmente comigo mesma. Vamos lá então? Um dia de cada vez?

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