Enquanto o tempo passar, as pessoas mudam. E as únicas opções que restam àqueles que rodeiam o indivíduo são acompanhar a mudança ou deixar partir. Eu não quero deixar partir. Mas também não sei o bem que me fará se tentar acompanhar a mudança. Não sei se deva escrever o fim na história e recomeçar outra, quando foi cravado a ferro quente o para-sempre entre nós os dois. O mais provável é que eu vá ser diferente neste conto de fadas, que não vá largar, por tudo o que é mais sagrado, não consigo largar. Foi um 'zing'.
Estava no meio do escuro, iluminada apenas por um feixe de luz, sentada no chão. Pedi um sinal. Não obtive resposta. Fiquei a chorar no chão, senti minha fé a ser sugada de mim, a sensação nebulosa que as lágrimas me causavam faziam com que não me quisesse levantar. Mas tive que dar um abanão à cabeça, endireitar e levantar-me, ninguém estava lá para fazê-lo por mim. Continuei a tarde, a noite, os dias, a semana, tudo aparentemente normal, mas senti sempre um buraco que me esvaziava a pouco e pouco, como se fosse um saco de areia roto.

Mas num momento perdido do tempo, o sinal disfarçado chegou e eu logo o reconheci, minha fé agitou-se bem cá dentro, chegou e eu senti-me a renascer, chegou e abriu-me a janela para um muro e para além dele, o jardim de luz!
A questão fica: terei eu a força de saltar o muro?
Não posso dizer muito sobre o amor. Não posso dizer quase nada. Mas acho que a partir dele aprendemos a não levar as coisas de ânimo leve. Aprendemos a fazer decisões delicadas. Aprendemos, quando as coisas parecem não dar certo ou parecem não valer a pena ou parecem mesmo erradas, a não desistir, a continuar com o plano feito com tanto carinho e compreensão, com tanto amor, e a confiar que tudo vai ficar bem. No fim, ficará tudo bem. Se não estiver, não é o fim. E digo sinceramente: espero nunca haver fim.
Os sacrifícios valerão sempre a pena, porque desde pequena, percebi que a vida nunca terá temperatura amena. Apenas depois da chuva existem arco-íris. E o calor vem depois do frio. Mas o frio também vem depois do calor. Tem altos e tem baixos, sabem? Mas nada deixa de existir por causa de um só erro. Erra, erra melhor, aprende! Quem diz que nunca errou está a mentir ou é ignorante. E se deixar de existir por causa de um só erro, isso sim, nunca foi nem nunca será. Não valeu a pena.
Acho que morremos e sem saber, se perceber realmente a magnitude do amor. Porque ele tem tantas formas. Mesmo numa relação, pensas que com o tempo vais percebê-lo melhor, e acredito que sim, mas se essa relação terminasse e começasses uma outra terias de escrutinar tudo de novo... E depois há aquele amor que não é amor, é obsessão (muitas relações de agora têm essa base de sentimento). Mas bem, penso que estou a ser um pouco negativa ;)
ResponderEliminarTu amas a tua mãe, o teu bichinho de estimação, aquele amigo, o teu namorado. Ama-los. És feliz e isso chega. Se o tentares entender e racionalizar descobririas o melhor segredo do mundo. E ele está bem é guardado, senão não seria a coisa boa que é.